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Marina Silva/CORREIO 24H
Eles piscam os olhos, indicam a necessidade de trocar a fralda e, em alguns casos, imitam com perfeição o som de choro. Por mais que a descrição seja compatível, não se trata de um bebê comum, mas sim do reborn, que tem ganhado a atenção do público conectado às redes sociais há algumas semanas.
A popularidade foi tamanha que uma igreja tradicional de Salvador precisou emitir uma nota dizendo que não batiza esse tipo de bebê. É que, dada a semelhança – uma vez que são extremamente realistas –, não são poucos os casos de pessoas que querem comprar um dos bonecos para tratá-lo como um ser vivo.
Mas, afinal, o que faz o bebê reborn tão realista — e tão caro?
De acordo com a artesã Sheila Carapiá, especialista em arte reborn e pioneira no ramo, o ultrarrealismo é justamente o que diferencia o bebê reborn de um boneco possível de ser adquirido em uma loja de brinquedos infantil. Diferente do brinquedo, o bebê reborn, que surgiu no início dos anos 2000, tem o objetivo de promover conexão real.
"Para que um bebê reborn realmente provoque aquelas emoções profundas e traga conforto de verdade, ele precisa ser muito realista. Não é só uma questão de estética, é que quanto mais parecido com um bebê de verdade ele for, mais fácil é para o nosso subconsciente "acreditar" que está diante de um bebê real. É aí que tudo começa a acontecer dentro da gente. Quando a gente segura um bebê reborn bem-feito no colo, com aquele rostinho delicado, o peso certo e o cheirinho de neném, o corpo começa a responder de forma positiva aos estímulos", explica a artesã.
Com os estímulos adequados, quem cuida de um bebê reborn consegue sentir satisfação imediata, tal como uma mãe ou pai de um bebê humano. "Sem perceber, a gente começa a liberar ocitocina, que é o hormônio do afeto e do vínculo, e dopamina, que traz aquela sensação gostosa de bem-estar, aconchego e paz", aponta Sheila.
Ela ressalta, no entanto, que esse sentimento não é motivo para tratar o bebê reborn como humano fora do contexto em que isso é aceito – geralmente, dentro de casa ou em ambientes com outras pessoas que lidam com o boneco realista da mesma forma. "Essa conexão emocional que muitas pessoas sentem com os bebês reborn não tem nada a ver com atitudes exageradas que estão aparecendo por aí, como levar o bebê reborn em hospitais, tentar furar filas ou exigir tratamento como se fosse um bebê real", afirma.